Estou acompanhando a discussão sobre a forma correta de escrever a língua portuguesa que está na mídia depois que uma comissão formada por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou o livro Por uma Vida Melhor, da Coleção Viver e Aprender. O livro, que chegou a 484.195 alunos de todo o País, defende que a forma de falar não precisa necessariamente seguir a norma culta.(1)
Eu acredito que só existe uma forma de se falar: a forma culta. E esta forma culta de construir a língua inicia-se quando o ser humano é criança. O que me incomoda é ver como muitos pais, professores, babás conversam com suas crianças: "Filhinho, que bonitinho seu carrinho! Vamos tomar uma aguinha? Vamos então pegar o copinho!" Porque tem que ser tudo no "inho"? Pior ainda, quando os seres humanos adultos, que deveriam falar da forma mais correta e culta, repetem as palavras erradas que as crianças falam na fase de aprendizagem da língua reafirmando o errado.
Se você quer que seu(ua) filho(a), fale e escreva corretamente é preciso que ele(a) aprenda desde "pequeno(a)" a forma correta de falar: ouvindo corretamente, lendo corretamente e sendo cobrado a falar corretamente. Se a aprendizagem da linguagem for ensinada desta maneira desde o inicio, futuramente a língua portuguesa, a gramática e a interpretação serão facilmente compreendidas na fase escolar e com certeza, este ser humano não sofrerá "preconceito lingüístico", pois estará dentro do padrão culto da linguagem.
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